Um terremoto nas nossas vidas, como se o chão fugisse de nossos pés. É um sentimento, mas não apenas de emotividade sem definição, é um sentimento de perda.
Uma saudade que será eterna... Só sabia dizer pra mim mesma que não estaria preparada. Mais não estava mesmo.
Aquele,aquele momento, duro, marcante, que havia solidão, silencio, um momento mais sofrido que vivi em toda a minha vida. Não consegui aceitar aquela morte... Meu avô... que sempre estava ali, que sempre teve garra, energia, força de vontade. Apesar da doença que lutava um dia após o outro com a esperança de vencer. O meu avô estava morto.
Lembranças boas não me faltam... A mais marcada mais doída foi ver ele em paz. O sofrimento tinha acabado, a dor pra ele estava extinta. Agora ficamos aqui a sofrer com a saudade... Uma saudade que nada mais é que e do que recordações boas, memórias eternas.
Saudade, saudade de tudo... Das conversas, do barulho, das reclamações ( que sempre o reclamava), da exigência, do carinho, da família reunida com a falta de alguém, das brigas... Hoje falta a metade de tudo, nada tem o mesmo sentido, não tem a mesma graça reunir toda a família e faltar um membro, aquela pessoa, que mais falta, que sempre seria a base de tudo... Meu querido avô.
Fica um pequena alegria escondida dentro de nós, derramamos lágrimas em silêncio, sem desespero, com a calma. Ele viveu aqui um tempo, viveu com alegria e amor, e irá passar desta vida a outra sem nós sabermos.
E hoje, 1 anos depois, a saudade é maior, a lembrança ainda mais viva, o amor ainda mais forte.